terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dan Kanter fala sobre Justin Bieber em entrevista ao The Hollywood Reporter



Recentemente, durante uma entrevista ao conceituado site The Hollywood Reporter, o guitarrista e diretor musical de Justin BieberDan Kanter, contou como é trabalhar com o canadense e mais. Leia a entrevista completa traduzida a seguir:

THR: Certamente você teve muitos, mas quais são alguns momentos dos mais surreais que viveu com Justin Bieber?
DK: Sem dúvidas o mais surreal foi em Israel logo depois do show de Tel Aviv (em abril de 2011). Eu abri com uma versão de Jimi Hendrix do Hino Nacional Israelense e esse provavelmente foi um dos melhores momentos da minha vida toda. E ano passado para o natal, tocamos no Massey Hall em Toronto, que é um teatro famoso de lá. Ví alguns shows incríveis — Neil Young, Eddie Vedder — e é um teatro perfeito para sets acústicos. Então Justin teve uma ideia que seria aconchegante, onde nós nos apresentaríamos sem set list, apenas violão e piano no palco, ele anunciaria as músicas e acabou fazendo um show de duas horas. Lembro vividamente que mesmo com mil e poucas pessoas no local, estava um silêncio mórbido enquanto ele cantava essas músicas tão despojado.
Uma outra vez foi em meu casamento. Estava no meio da minha “hora dance” e sendo levantado na cadeira, quando olhei para baixo para todos os meus melhores amigos que conheço desde criança, e estava lá o pequeno Bieber de 15 anos, tentando segurar uma perna da cadeira.

THR: Quando foi abordado para trabalhar com o Bieber pela primeira vez, qual foi a sua reação?
DK: O vídeo dele tinha acabado de sair. Conferi e pensei que era música ruim, como a maioria das pessoas. Mas uma vez que conheci Justin, ele e eu nos demos realmente bem, especialmente falando sobre coisas Canadenses. E Scooter, acho que é um gênio e visionário. O que ele fez com o viral do Justin é muito incrível e não pode ser refeito. Então desde o começo eu sabia que não era apenas música pop, seria parte de algo muito especial.
THR: Há um vídeo famoso do Justin cantando e tocando em Stratford, mas como ele é como guitarrista agora?
DK: Ele é como uma esponja e fica constantemente melhor e melhor. Quando nos conhecemos, o ensinei as escalas azuis e agora seu vocabulário sobre acordes está crescendo, os solos dele estão ficando melhores e ele está aprendendo mais músicas. Além do mais, ele é canhoto o que é muito legal também. Ele quer mostrar para todo mundo o que sabe internamente: que é um negócio sério.

THR: Tendo estado em turnê com o Justin Timberlake, você vê similaridades entre ele e Bieber?
DK: Eles possuem similaridades: ambos são muito talentosos, ambos tocam piano, bateria e violão, ambos são incríveis dançarinos e estão constantemente tentando se aperfeiçoar. Ouvi essas histórias de o Timberlake estar de volta nos dias de NSync que logo depois de finalizar um grande show, assistiria os takes de si mesmo e trabalharia nas partes vocais ou nos passos de dança que errou. Bieber é a mesma coisa. Eles possuem essa ética de trabalho como nunca ví.

THR: Como você viu o Justin crescer como artista e como pessoa?
DK: Musicalmente ele está entrando em diferentes gêneros musicais e isso definitivamente está influenciando no que ele está escrevendo. Suas composições se tornaram mais fortes e mais experimentais. Com seus vocais, é incrível ver a transição de uma voz de criança para uma voz de adulto, e o quanto ele trabalhou nisso. Como pessoa, para ser sincero, ele não mudou nada. Talvez tenha amadurecido mas continua legal, e aquela criança adorável que conheci há quatro anos atrás. Ele está quase que muito fundamental, é muito normal, doce, generoso e pensativo. É exatamente a mesma pessoa.

THR: Você notou a influência do Scooter no Justin?
DK: Scooter é a pessoa que mais trabalha duro que já conheci e isso passou para o Justin. Scooter é também um amigo muito leal e uma pessoa orientada pela família. Desde o começo, ele levou a sério a questão de apenas trazer boas pessoas em quem confia e Justin faz a mesma coisa. Em vez de administrar pouco, Justin aparece depois e faz os ajustes, isso definitivamente veio do Scooter.

THR: Você e Kuroda compararam as datas, estas não foram compatíveis com as da turnê do Bieber e da banda Phish?
DK: Eu queria fazer isso, porque nunca perderia um show da Phish. Resolvemos isso então se houvesse algum problema, Chris iria para a Phis e viria um substituto para o Justin. Quando Chris terminasse, voltaria para o Justin. Foi a única forma que recomendei ao Chris, como nunca perde um show da Phish.

THR: Como foi ir ver a Phish com o Justin?
DK: Estive pedindo para ele vir em um show por muito tempo e foi um momento perfeito: estávamos em LA e ele decidiu ir. Foi muito legal estar lá com o Justin. Em uma hora, ele olhou para mim e disse: ‘As luzes estão acontecendo durante a palavra Suzy’ (o refrão da música ‘Suzy Greenberg’ ). Durante toda a noite, e eu disse: ‘Eu sei.’ Foi hilário ver ele entre milhares de bastões brilhantes e a parte mais incrível foi quando o público deu espalo para ele. Justin estava bem no meio, dançando.

THR: E sua música favorita do Bieber para tocar?
DK: Definitivamente é ‘She Don’t Like the Lights’, em parte porque eu amo jogar todos esses riffs da Phish e também porque acho que é uma grande música. O show é o melhor exemplo de como a música, coreografia, produção e todo mundo se conecta junto.

THR: Quase parece que você está causando algum tipo de fenda no espaço de tempo contínuo ao introduzir a loucura do estilo da banda para impressionar os fãs da música pop. A música da Phish é muito oposta às do Bieber, não?
DK: Concordo que musicalmente Phish é uma coisa muito distante do Justin, mas existem muitas similaridades: o jeito como Phish constrói seu “público base” — Justin fez a mesma coisa. E não conheço outros artistas além de Justin e Phish onde os fãs são tão protetores, se sentem tão donos e tanto orgulho. Também percebo que Phish começou cedo no jogo quando se trata de internet e de lançar shows. Justin esteve no Youtube e Scooter distribuiu música e conteúdo para o público. Não sei se os fãs do Bieber procuraram pela Phish por causa do meu amor pela banda, mas quanto mais, melhor!


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