quinta-feira, 29 de novembro de 2012

THE NEW YORK TIMES: Justin Bieber no Madison Square Garden


Após um memorável show na arena mais famosa do mundo, o Madison Square GardenJustin Bieber tem sido foco de inúmeros comentários em tabloides musicais. O renomado jornal The New York Times publicou uma matéria onde dá detalhes sobre a noite. Confira:
Na noite de quarta-feira, o telão logo em cima do palco no Madison Square Garden estava fazendo uma contagem regressiva até Justin Bieber, a estrela “pós-garoto” e “quase-homem do pop”, entrar no palco. Quando o relógio marcou “: 00,” os gritos começaram, barulhos do fundo da garganta, se intensificando de forma aguda e amenizando. As crianças pequenas, os pré-adolescentes, os adolescentes e até mesmo algumas das mães – todos gritaram. Esse é e sempre foi o ritual.
Também é um som de segurança para um ídolo adolescente, mas existem preços a serem pagos por todo o dano auditivo. Eles te amam, mas você tem de ficar no centro. Eles te acompanharão se você não for tão longe. Você é maior que a máquina, mas a máquina ainda te dá poder.
Esses gritos seriam tão altos para um cantor jovem com uma voz bonita que quisesse fazer um diferente tipo de música? Uma menos digital e rápida, uma com mais ternura? Menos pop, mais R&B? Menos flash, mais mimos?
Sr. Bieber estava testando os limites de várias formas durante essa parada com a Believe Tour – nomeada por seu mais recente álbum – que alternou entre alta definição de um pop star extravagante e uma intimidade sorrateira. Sem oferecer muito a mão para as garotas em camisetas corriqueiras feitas em casa e as palavras oficiais de Bieber, com os jogadores de basquete de Jersey, onde lia-se SWAGGY pelo peito, Sr. Bieber estava conferindo para ver o quão pouco ele podia se afastar.

Quando a sua banda ficou atrás e seus dançarinos estavam em algum lugar do palco, Sr. Bieber estava em seu momento mais confortável. Três músicas, ele cantou a linda balada “Catching Feelings”, mostrando a flexibilidade em sua voz. Depois, subiu em uma plataforma que o levou para cima e passeou pela platéia enquanto ele cantava “Be Alright.” Em músicas como “She Don’t Like the Lights” e “Die In Your Arms,” Sr. Bieber se posicionou na linhagem Michael Jackson, enfatizando sua grande qualidade vocal.
Ele pareceu estar muito mais feliz quando cantou novamente uma de suas antigas músicas, dublando e fazendo uma coreografia ensaiada em seu mais duradouro – e geralmente menos bem sucedido – som.
Há uma diferença entre gostar de ser a pessoa que pode render uma multidão sem fôlego com seus passos de dança e gostar dos movimentos atuais. Sr. Bieber é o primeiro campo em todo o caminho. Ele não é um dançarino natural, não há líquido em seu corpo que frequentemente se move pouco, e é uma sequência falhada da cópia de uma rotina que seus dançarinos estão executando.
Dançar é para estrelas com grandes shows – é parte da lista – mas Sr. Bieber fica ansioso para mostrar que ele não é apenas um dos artistas mais bem sucedidos dos últimos anos, ele pode realmente fazer as coisas, também. Depois de cantar “Beauty and a Beat”, ele apareceu no topo do palco com um kit de bateria que tocou um pouco, para mostrar que consegue. (É algo comum, ele também mostrou um vídeo antigo dele tocando bateria quando era criança.) Vários vídeos intercalados, documentados em relação ao corte de cabelo de 2011, que provam que ele é mais do que um corte de cabelo.
Sem dúvidas ele ainda é uma criança, espirrando água em seu DJ e alardando  “Sou o melhor da turnê em Ping-Pong.” Ele usa calças caídas – provavelmente uma decisão que tomou por impulso, embora, por agora, ele disse, “Nunca pensei que estaria no palco com essas calças de couro legais.”
Agindo como parte do charme do Sr. Bieber. Ele é uma estrela global – fez 18 anos esse ano – que está planejando a fase de símbolo sexual da sua carreira. Dependendo de qual tabloide você acredita, ele recentemente terminou com sua namorada de longa data, a ex-estrela da Disney, Selena Gomez, ou acabou de voltar com ela. Ele possui uma tatuagem de coruja em seu antebraço esquerdo. Desde o ano passado, ele está notoriamente maior. Durante o “biz” um par de sutiãs atingiu o palco e ele não se intimidou.
Ele poderia pegar alguns momentos para ser um homem, por favor? Em um ponto, num aceno moderno e exótico, ele pegou uma câmera que esteve usando para filmar a multidão, lançando um olhar frio, levantou a blusa e mostrou a marca Polo Ralph Lauren em sua cueca.
Logo depois de fechar o show tocando hino exagerado “Believe” num piano branco, ele cantou um pouco de “Thinking Bout You” de Frank Ocean, uma das maiores músicas de R&B do ano – Sr. Bieber tem um gosto musical adulto. Quando apresentou a sua banda, o baixista começou Tyga’s “Rack City”, um dos maiores hinos dos clubs de strip do ano, enquanto Sr. Bieber cantou o rap (a versão limpa, naturalmente) – Sr. Bieber realmente tem um gosto musical adulto.
E em breve ele estará tomando decisões adultas, algo que sinalizou no final do show ao vir para o palco sem blusa, vestindo um casaco, porque essa é uma das vantagens de ficar mais velho. Ele cantou “As Long As You Love Me”, do álbum mais recente. Começou calmo, com toques de dubstep. Mas é uma das mais calmas e doces performances vocais do Sr. Bieber, e aqui, ele cantou o fim acappella, trazendo um silêncio para o local. Teria ficado tão bom num espaço com a metade do tamanho. Ou um décimo.

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