segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

LA TIMES: Se Justin Bieber não é indicado ao Grammy é a premiação quem perde



Mesmo que os responsáveis pela nomeação de Justin Bieber ao Grammy deste ano não tenham se convencido com Believe, entre outros trabalhos do cantor, parece que os lideres do Los Angeles Times se convenceram. Prova disto é a matéria postada pelo jornal em seu site, a qual defende o cantor. Prossiga a leitura para conferi-la traduzida:
O jovem cantor é um brilhante fabricante de hits que merece ter suas habilidades reconhecidas. Mas há um padrão em que o pop é negado e o respeito é dado ao rock ou ao jazz.
Os números crescem rápidamente quando você começa a medir o impacto do Justin Bieber na música pop. Seu álbum “Believe” foi o sexto mais vendido de 2012. O vídeo para a música “Baby” foi vista mais de 825 milhões de vezes no YouTube. E a partir desse mês ele é a pessoa mais seguida no Twitter, com aproximadamente 34 milhões de usuários atentos a cada tweet.
Um outro número define relação de Bieber com os prêmios do Grammy, que serão entregues no domingo à noite no Staples Center: Zero. Bieber não ganhou uma indicação ao maior prêmio para a indústria da música. Não foi indicado por álbum do ano. Não foi indicado pela gravação do ano. Nem mesmo para apresentação solo, uma categoria que tinha espaço para uma parte do grande álbum de Adele.
Não é a primeira vez que o cantor canadense de 18 anos foi rejeitado. Dois anos atrás ele perdeu o prêmio de “Artista Revelação” para Esperanza Spalding, a cantora e baixista de jazz cuja vitória inesperada desencadeou uma onda de hostilidade na internet por conta dos fãs do Bieber.
Mas ser esquecido se encaixa num padrão estabelecido há muito tempo: A vitória de Spalding (entre muitas outras) demonstraram, os eleitores do Grammy são bem conhecidos por privilegiarem o rock, jazz e folk ao invés de pop. Até mesmo Madonna teve de esperar até 1999 – uma década inteira após “Like a Prayer” – para ganhar um prêmio por outra coisa a não ser vídeos de música.

Apesar de haver um precedente isso é quase uma desculpa por uma opinião exacerbada que consistentemente não entende como funciona a música na vida dos milhões de ouvintes. Quatro dos cinco indicados para o prêmio de álbum do ano – todos além do disco R&B de Frank Ocean “Channel Orange” – oferecem variações de caras brancos tocando guitarra. A Recording Academy, que supervisiona o Grammy, realmente falhou em reconhecer o mérito em outras formas de expressão?

OK, respire.
O que Bieber faz – a mais nova interação da tradição de um adolescente pop de antes dos Backstreet BoysNew Kids on the Block e Beatles – talvez não atenda aos ouvintes que estão procurando pelo próximo Bob Dylan. (Boa sorte com isso!) E seu talento não é totalmente formado na forma de um homem todo ao redor da música e da dança como Justin Timberlake. Dominando o Staples Center no ano passado, Bieber foi apagado, um mestre das mídias sociais que falhou ao se conectar com o mundo real.
Mas o garoto é um fabricante de gravações já mais experiente e estratégico como alguém que visita o Hot 100 com frequência. Ouça como a voz dele está doce em “Catching Feelings”, uma melodia de Believe, e então enfatiza “Boyfriend” que conduz uma batida despojada de hip-hop. Ele está melhorando muito, de uma forma que pode impressionar Timberlake: Compare “One Less Lonely Girl”, de 2009, com seu single atual, “Beauty and a Beat,” que segura seu cérebro numa batida de balada.
Se vamos levar o nome da Recording Academy pelo valor real, essas habilidades – de um artista de alto nível – não deveriam ser precisamente reconhecidas pelo Grammy?
À primeira vista os indicados desse ano pareceram refletir um avanço da mentalidade do Grammy, com atos relativamente jovens já que Mumford & Sons e Alabama Shakes estão dominando as principais categorias. (“We Are Young” pela Fun banda de pop-rock. Está escalada por gravação e canção do ano.)
Embora o fresco seja duvidoso: A partir dos blues de garagem dos Black Key para o rock folk do cara novato de Nashville dos Lumineer, a maioria desses candidatos simplesmente se encaixam nos estilos aprovados pelo Grammy, fazendo verdades familiares aparecerem novamente. Eles estão se esforçando pela intemporalidade num momento em que Bieber parece mais interessado em encarnar seu tempo.
Não que ele seja capaz de resistir a provar a si mesmo as métricas antigas. Na semana passada, Bieber lançou o “Believe Acoustic”, um conjunto de performances sem efeitos com voz e violão muito claramente designado para demonstrar que ele consegue cantar sem Auto Tune; o álbum é um vitória do hardware sobre o software, nada além do lindo estilo de bossa-nova que “Boyfriend” assumiu.
“Vendo muitas pessoas por aí amando mas também além disso, respeitando o álbum #BELIEVEacoustic,” ele tweetou em 29 de janeiro. “Significa muito. É tudo pela música.”
Talvez seja verdade para o Bieber, que disse que não estará presente na cerimônia do Grammy (talvez porque ele esteja escalado para apresentar o “Saturday Night Live” em Nova York na noite anterior). Mas no mundo além dos seus fones de ouvido há também um sistema de trabalho fora da validade, um que denigre as competências necessárias de quem soa como o momento.
Sua ausência no domingo será perda do Grammy.


Fonte

Nenhum comentário:

Postar um comentário